Você não tem crédito? Nem eu!

Você não tem crédito? Nem eu!

Uma coisa muito importante para saber sobre o crédito: ele é co-le-ti-vo. Dinheiro é escasso e não importa o quanto um Banco Central tenha capacidade de emitir moeda, ela tem um poder de compra sempre limitado. A sociedade é quem dá o valor do dinheiro.

Vivemos um momento decisivo em nossa história. Dizem os analistas que a atual geração não terá o mesmo poder aquisitivo em sua fase adulta do que os nascidos em 1960. É muito preocupante e triste. Nossos pais querem para nós uma vida melhor do que a que eles tiveram.

Temos um exemplo muito recente para observar. Os Estados Unidos – uma das economias mais poderosas do planeta – viveram o maior trauma de sua história justamente por emprestar dinheiro que não foi devolvido.

Ou seja, se os devedores deixarem de pagar, o sistema quebra lá ou aqui. Pouco importa o que façam os bons pagadores, se o volume (em dinheiro) inadimplente for maior do que a soma de valores honrados. A “brincadeira” uma hora acaba.

Consequência disso é o arresto de bens por parte dos bancos, que para todos é péssimo, pois o banco vende dinheiro, não geladeiras, televisores, carros ou casas. Melhor para os bancos é disponibilizar capital ao mercado, mas para isso é preciso que exista capital disponível. Que exista confiança.

A euforia de consumo irrompeu uma cadeia de eventos negativos para a sociedade brasileira, pois temos poupança em índices muito baixos. Para consumir, quase todo brasileiro endividou-se. O resultado? Despesas que só geraram mais despesas sob a forma de juros e a consequência está sendo árdua.

Agora, algo precisa ficar claro. Uma dívida em si não é um problema. Pessoas, empresas e países buscam dívidas para comprar a casa própria, impulsionar o crescimento de um produto ou para financiar projetos de infraestrutura, por exemplo. A questão toda é saber planejar. Você sabe?

Veja um exemplo bem simples: se João contrai uma dívida de 5 reais e com isso gera 7 reais, paga a dívida e sobram 2. Legal, não? Com isso, estamos falando de sobrar 28,57% no bolso dele! Ele ficaria feliz.

Acontece que João, quando muito, faz isso no papel. No dia a dia, compra um carro novo ou um celular. Nada disso vai dar 2 reais de retorno para João. Ele vai é gastar 8 reais em combustível e em planos de dados para o seu smartphone 4G. Péssima ideia.

Esse comportamento alimentou a crise em que vivemos. As instituições financeiras queriam emprestar dinheiro (pois esse é o seu negócio) e muita, muita gente mesmo, saiu pegando empréstimos sem pensar, só para ter menos dinheiro ainda quando a dívida venceu.

Esta cultura imprudente, que dá o tom de nossa economia, fará com que todos nós (bons e maus pagadores) sigamos rumo a um amanhã pior do que ontem, se não tomarmos uma atitude rápida e coletivamente.

Qual atitude você pode tomar?

Que diferença a sua empresa pode fazer para conceder um crédito melhor e se proteger? Proteger o amanhã da economia.

O crédito que você concede hoje trará lucro amanhã?

A qualidade de suas análises é o que garante a liquidez do seu negócio. Mais crédito, menos riscos.